sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Homens e Mulheres: Amigos?

Se Deus quisesse amizade entre homens e mulheres, nós não reproduziríamos, e a espécie iria acabar.
Meu ex-melhor amigo virou meu namorado. Porque assim que começa o namoro, começam as mentiras. Primeiro mentirinhas, depois apenas mentiras, até alcançarem o título "Pinóquio do Século". E melhor amigo não mente!
Por outro lado, ficantes e ex-rolos podem tornar-se amigos fantásticos. Porque quando tudo acaba, as mentiras acabam junto e também todo aquele joguinho babaca de conquista. E aí só resta a parte boa: a amizade.
A conclusão é que ou se é amigo, ou se é peguete/namorado/rolo. Não dá pra comer o bolo e querer o bolo. Se comer, o bolo acaba. Se quiser o bolo inteiro, vai ficar sem comer, a vida é assim! Segue exemplo.
Por volta dos meus 14 anos, tinha um amigo que era apaixonado por mim. Ele não dizia, mas nem precisava, era mais do que óbvio. Ele começou a me ligar de segunda à sexta durante a tarde, assim minha mãe não saberia das ligações.
Conversa vai, conversa vem, por mais de um ano essa obsessão telefônica do cara que tinha uma esperança sem fim. Eu o adorava, mas como amigo! Quando nos víamos, não sabia como agir, pois queria que ele entendesse que só queria ser sua amiga. Então eu quase não olhava pra ele, não queria dar oi, não encostava e ainda era extremamente grossa.
Eu não era muito boazinha, rs. Até que um belo dia, resolvi falar em público que ele era muuuuuuuuuuuuuuito, mas muuuuuuuuuuuuuuuuuito feio. Horrível. Que dava vontade de sair correndo! Ele ficou mega bravo e ficamos alguns anos sem nos falarmos.
De repente, ficamos super amigos de novo. Daqueles que conversam sobre tudo, saem pra jantar, fumam um juntos, ligam pra pedir conselho porque brigaram com a namorada/o namorado, pra tomar uma cerveja.
No meio de tanta amizade e alegria, ele anda resmungando muito sobre a namorada. Claro, ela é muito ciumenta, reclama de tudo, pega no pé, e misteriosamente ela não sabe que você existe, mesmo sendo apenas amiga dele. A essa altura, você já desconfia das intenções do seu "amigo".
Até que um dia nós saímos para beber e jantar, entre outros entorpecentes, e em vez do Sr. Amigo me levar pra casa, começou a me levar para algum lugar desconhecido e queria descobrir se nosso beijo encaixava. Eu quase saí berrando pelo meio da rua pra pedir socorro!!! Até que me vendo apavorada e muito puta da vida (leia-se: gritando e quase batendo no sujeito), ele finalmente percebeu o tamanho da sua escrotice, desistiu da idéia e me levou pra casa.
Adivinha? Não nos falamos mais, e dessa vez acho que não tem volta.

Simples assim: ele nunca quis ser meu amigo, nunca soube como; não queria ter o bolo, e sim comê-lo. Se não pode comer o bolo, também não o quer. Fazer o quê?

Também há os amigos coloridos, uma espécie bem diferente. Algum dia falarei sobre esses.

A. - A Deusa

Nenhum comentário: